Só há poucos dias, num daqueles momentos de actualizar algumas leituras, tomei conhecimento que em Portugal recentemente alguém disse, numa entrevista a um jornal, o seguinte:
"É um rapaz da província que subiu na vida à custa da esperteza e de muito pouco trabalho."
Isto é a resposta à pergunta:
-O que pensa de José Sócrates?
A autora da resposta é Maria Filomena Mónica.
Ponto prévio:
Não sou simpatizante do visado.
Limito-me a respeitá-lo como Primeiro Ministro.
Mas o que para mim é neste caso mais importante não é a política.
A frase em causa traduz um "certo modo" pedante e grotesco de estar na vida por parte de alguns (meia dúzia?) de portugueses, normalmente lisboetas, supostamente intelectuais e impenetrávelmente "incultos".
Como sou daqueles que continuo a pensar que "Lisboa é paisagem e o resto é que é Portugal", limito-me a dizer que aquela frase só pode traduzir um pedantismo saloio que é mais provinciano que a bravura de um campino na lezíria, ou a pacatez de vida de um lavrador do Minho.
Quanto ao mais, e se a dita autora nisso acredita, que deus lhe perdoe.
Há perto de duas semanas Batista Bastos escreveu o seguinte no Diário de Notícias:
"As explosões sociais que se avizinham, devido ao acumular dos ressentimentos, e a que o Governo parece alheio, são acirradas por uma comunicação social mal preparada, pouco culta e, até terrorista".
Só não percebo uma coisa:
-Afinal há ou não o risco de "explosões sociais"?
Batista Bastos diz que se avizinham.
-Se fôr verdade, onde está a "maldade" da comunicação social?
O defeito é meu, seguramente.
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