Lá como cá.
Muito falado em 2009 o caso de Bruna Real professora em Mirandela que, por ter pousado nua para a revista Playboy, teve contra si um movimento de alguns encarregados de educação a exigir a sua saída da escola.
Foi colocada na Biblioteca Municipal.
Agora passa-se algo de parecido em Itália.
Uma professora de 28 anos, ao que dizem, muito sexy, por aparecer em vídeos com poses sensuais, tem contra si um movimento semelhante exigindo que deixe de leccionar.
A única grande diferença está em que, neste segundo caso, se trata de uma escola católica de Milão.
À luz de uma certa “moral” compreende-se melhor a exigência.
Mas o problema é outro.
A Europa latina (berço de civilizações) mantém conceitos estranhos.
Uma mulher, por ser muito bonita, atraente, não pode ser professora, mesmo que seja muito competente enquanto tal?
Os ancestrais rituais moralizantes deste continente ainda hoje confundem competência profissional com vida privada.
Já estou a ouvir:
“certas profissões e estatutos sociais obrigam as pessoas a terem algum recato e recusarem o exibicionismo fácil em nome da boa educação dos mais jovens”.
Aceitemos.
E agora pergunto:
-Lá em casa as mamãs e os papás falam com os filhos e filhas, ou fogem destes assuntos como o diabo da cruz?
-E por acaso, nos tempos que vão correndo, os filhos e filhas não sabem o que normalmente os seus pais fazem na cama?
-E o que os jovens fazem fora de casa? Os pais e as mães sabem?
-Finalmente: ser bela é pecado?
Haja pachorra.
Mário Soares em artigo publicado no DN manifesta as suas preocupações quanto à União Europeia.
Começando por reafirmar a sua característica de europeísta convicto, não se inibe de pôr em dúvida se a União vai conseguir os seus objectivos. Põe em causa o modo de estar alemão, que se quer afirmar como líder da União. E em determinado momento diz isto:
"Por outro lado, esta preocupação alemã, meramente financeira e sem debate político e mesmo económico, está a criar um imenso mal-estar em toda a Europa e a afastar perigosamente os cidadãos europeus das suas instituições. É, cada vez maior o afastamento da União Europeia das grandes questões globais, o que lhe retira prestígio. Os europeus, independentemente das suas nacionalidades, têm vindo, de resto, a afastar-se, perigosamente, da União, na própria medida em que o modelo social começa a ser menosprezado e atacado."
Há quanto tempo o venho dizendo?
Desde sempre.
Vindo de Mário Soares só uma pergunta:
-Será que ele acredita no pai natal?
Preparemo-nos:
Extraído do jornal "Público":
""A definição de "um quadro mais credível para a política orçamental tem de fazer parte da resposta política para a crise", mas "a ideia de que os problemas da zona euro se reduzem apenas à indisciplina orçamental é muito perigosa", avisa Simon Tilford, economista-chefe do Centre for European Reform, num estudo recente.
Um dos problemas mais frequentemente citados pelos analistas são as assimetrias económicas entre os países-membros. Antes da crise, a Espanha conjugava finanças públicas sãs com um sério problema de competitividade, forte endividamento privado e uma gigantesca bolha imobiliária, cuja explosão provocou os actuais problemas orçamentais. Isto, enquanto a Alemanha mantinha uma competitividade invejável graças a uma longa e forte contenção salarial, uma procura interna anémica e um elevado excedente externo. Para Tilford, a zona euro também terá de enfrentar este tipo de "desequilíbrios estruturais" entre os seus membros. Só que, avisa, o compromisso que está a emergir entre os governos sobre o reforço da disciplina interna "corre o risco de perpetuar a crise" da eurolândia""
Comentários para quê?
Não é preciso.
Há alguns dias noticiava-se assim:
""Em entrevista publicada hoje no semanário Focus, Seehofer (governador da Baviera-Alemanha) pronunciou-se contra a emigração "oriunda de círculos culturais estranhos", alegando que os imigrantes turcos e árabes têm muito mais dificuldades de se integrarem na sociedade alemã do que os imigrantes originários de países europeus"".
Claro que isto gerou uma onda de protestos.
Mais recentemente Angela Merkel veio dizer que o multiculturalismo falhou, e lançou um aviso: os oriundos de outras civilizações, designadamente muçulmanos, terão de integrar-se na sociedade alemã e adoptar os seus hábitos de vida.
A civilização (?) europeia anda a meter-se numa "camisa de onze varas".
Por culpa própria.
Vai quase na íntegra porque ajuda a perceber muita coisa.
O “i”, o “Público, e outros jornais noticiaram há dois dias:
“Bruxelas confirmou que dezassete membros da primeira Comissão de Durão Barroso recebem actualmente subsídios de reintegração que variam entre 40 e 65 por cento (dependendo do número de anos em Bruxelas) do seu salário de base, que ascende a 20.300 euros por mês (fora despesas de residência e representação) ou 22.500 para os vice-presidentes. A excepção é a sueca Margot Wallström, que não consta da lista fornecida por Bruxelas, enquanto que os restantes nove comissários foram reconduzidos na nova Comissão que entrou em funções em Fevereiro.
Pagos durante três anos, estes subsídios são acumuláveis com outras remunerações provenientes de novas actividades dos comissários, desde que o montante total não ultrapasse o valor do anterior salário, explicou um porta-voz da Comissão.
Grande parte dos ex-comissários está a exercer funções políticas ou no sector privado, como o irlandês Charlie McCreevy, contratado pela companhia aérea Ryanair, o belga Louis Michel e a polaca Danuta Huebner que foram eleitos para o Parlamento Europeu, ou o italiano Franco Frattini e o cipriota Markos Kyprianou que são ministros dos Negócios Estrangeiros dos respectivos países. Todos acumulam os novos salários com o subsídio de integração da Comissão”.
COMO BEM OS ENTENDEMOS…
O trio dos Grandes.
Falta alguém nesta foto.
Quem será?
"“Em tempos de crise, precisamos mais do que nunca de uma União Europeia forte e de uma Comissão Europeia forte”, e “de mais, não menos, Europa”".
(Durão Barroso)
Veronica Lario e Silvio Berlusconi.
A pública "peixeirada" de fazer inveja a qualquer novela terceiro mundista.
Como de vez em quando Churchill perguntava:
"O que é isso de sentido de Estado?"
Mário Soares disse há pouco tempo que, de um modo geral, os líderes europeus são maus.
Porque será?
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