""Temos, como tem sido dito, duas crises: um grave aperto económico e falta de lideranças carismáticas. O pior é que, com o rumo que as coisas levam, será cada vez mais difícil que a política atraia os mais competentes, os mais respeitadores da ética e dos princípios que sempre devem pautar a vida pública"".
(José Leite Pereira no JN)
Só agora?
Episódios da farsa lusitana:
"O que se exige do Estado é que combata a crise e fizemos já alguma coisa por isso. Foi essa a razão que levou o país a sair da recessão técnica no segundo trimestre
Não é o fim da crise. Não. Estamos longe disso, é certo, mas foi um primeiro sinal, como um dos países que mais rapidamente saiu da condição de recessão técnica em que tínhamos mergulhado há nove meses".
(José Sócrates em 16 de Agosto de 2009 na cerimónia de lançamento do novo hospital de Amarante).
Estávamos mesmo "tão longe disso" que nem ele próprio sabia.
No fim de contas:
-Qual foi a "alguma coisa" que ele fez por isso?
Deve ser algo invisível.
Pelo mundo obscuro da nossa política continuam a surgir as “letradas opiniões” de quem se sente bem no sistema e julga ter o dom de mandar nas opiniões alheias. Uma dessas pessoas é o Professor Marcelo Rebelo de Sousa. Independentemente de se reconhecer mérito e saber a alguém, nada nos obriga a concordar pura e simplesmente com as opiniões que esse alguém defende. Relativamente ao seu espaço semanal na TVI vários jornais reproduziram parte das ideias que defendeu quanto ao voto do PSD no Orçamento de Estado para 2011.
“Marcelo Rebelo de Sousa voltou este Domingo a insistir, na TVI, que Pedro Passos Coelho “só tem uma solução” relativamente ao Orçamento do Estado – a abstenção. Para o ex-líder do PSD, “chumbar o Orçamento é péssimo para o país” e “é contribuir para o colapso financeiro”.
O voto contra o Orçamento do Estado, que é defendido pela maioria da direcção, é, segundo Marcelo, “um erro para o PSD”, porque “não há eleições antes de nove meses” e “não é líquido que [Pedro Passos Coelho] saia bem no retrato depois de ter provocado a crise”. O ex-líder afirmou que “tudo o que for dar a entender que tem ziguezagues” sobre o orçamento será prejudicial para a actual direcção. “Se o PSD chumba o orçamento, a notícia passa a ser ‘o PSD é que criou a crise’”
Pergunto eu:
E depois?
Crise vai ter de haver, infelizmente, e todos os actores políticos o sabem. E a ter de haver alguém será responsável por desencadeá-la. O que se passa é que, tal como Pilatos, andam todos a ver se lavam daí as mãos.
O PSD nada ganhará em continuar a mostrar-se como “menino bem comportado” em nome de uma pretensa salvação do País. Até porque, em futuras eleições virão os adversários dizer:”andaram a ameaçar com a crise mas não tiveram coragem de levar até ao fim as suas convicções. Não têm pois coragem política”.
Acresce a isto que, de cedência em cedência, o PSD vai acabar por definhar politicamente, e entregar de bandeja ao PS a continuação no poder.
Face ao actual estado de coisas a crise é inevitável.
E a ter de haver que seja o mais rápido possível.
O PSD sempre se saiu bem nos momentos em que rompeu com o sistema.
Continuar a fingir de “bom menino” não lhe trará qualquer bom resultado.
Teresa de Sousa, há tempos no Público:
De acordo.
Mas tratando-se de obsessão...
"Expresso on line", notícia esmagadora:
""A crise está a afectar um dos sectores económicos mais tradicionais do Reino Unido. Segundo a "BBC" , no primeiro semestre do ano, os 'pubs' estão a fechar portas a uma média de 52 por semana. Uma pesquisa ao fenómeno indica que os bares que também servem refeições estão a resistir melhor à crise. Porém, como diz um porta-voz da British Beer & Pub Association, "os 'pubs' já estão a diversificar, mas infelizmente um 'pub' de uma localidade não se pode transformar num bar da moda típicos dos centros das cidades"".
Entre outros, o "Diário de Notícias":
"O medo de serem agredidos ou baleados está a levar cada vez mais polícias a gastar do seu bolso para comprarem equipamento de protecção. Há empresas que fazem descontos e deixam pagar a prestações."
Há algumas semanas o "Sol" noticiava assim:
"O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações defendeu que as obras de expansão do aeroporto de Lisboa são «úteis no combate à crise». Mário Lino falava na inauguração de três novas portas de embarque"
A menos que o dito senhor pensasse que estava no "deserto" ocorre a pergunta:
-Mas será que ele sabe do que está a falar?
-Ou estará a gozar connosco?
Há poucos dias o "DN" dizia o seguinte:
"O presidente do Banco Mundial considerou, numa entrevista hoje publicada em Espanha, que a crise mundial poderá resultar numa «grave crise humana e social», se não foram tomadas a tempo medidas adequadas."
Claro...
Só não diz quais são.
Se calhar, ele também não sabe.
. BLOG NA COMUNIDADE DO SEMANÁRIO "SOL":
. IDENTIDADE:
. EM HIBERNAÇÃO:
. HUMORÍSTICO:
. FÁBULAS DIVERSAS (ÀS 2ªS. FEIRAS)
. MAIS RÁPIDAMENTE...SAÍMOS...
. DUVIDO QUE ELE SAIBA O QU...