Hoje é dia para foto.
Lembrei-me do pássaro bisnau.
Não sei se é boa ideia mas dá-me um certo gozo fazer isto.
As associações de pensamento são absolutamente livres.
E há tanta coisa que rima com bisnau…
TODOS AO BANHO: Diversas
Muito simples.
ABERTIS, grupo espanhol nas concessões rodoviárias, e considerado um dos maiores colossos mundiais no sector, passou ao ataque à BRISA.
Contas feitas conclui-se que a Abertis declarou a intenção de adquirir em Bolsa mais 5% do capital da Brisa, ficando assim a deter 15%, e tornando-se, a concretizar-se a operação, no segundo maior accionista da concessionária portuguesa.
Muitos analistas vêem neste movimento uma intenção de querer passar a controlar a Brisa, de modo lento e seguro.
Falta dizer que a Abertis gravita no mundo financeiro da espanhola
Estão bem encaminhadas as negociações para a fusão do Millenium e do BPI.
Com a Brisa sob seu controle, o cerco fica completo, e o resto nem vale a pena descrever.
Claro que haverá sempre a hipótese de o Governo português, após examinadas as condições, vir a abortar a operação em nome do interesse nacional.
Já que temos sido uns pacóvios neste tipo de assunto, ao menos haja a ténue possibilidade de impedir mais uma golpada.
Ou então passaremos a ter placas e sinais de aviso de transito escritos em castelhano, coisa que a mim particularmente me chateia.
CONCRETO E IMAGINÁRIO: O Significado dos Pequenos Detalhes
Código de Ética.
Ora aqui está um bom exemplo de diversão política.
A Ordem dos Médicos tem no seu Código de Ética um princípio – provavelmente mais velho que a Sé de Braga, passe o exagero – de que os médicos devem defender a vida e, por tabela, serem “contra” o aborto.
Todos nós sabemos que na nossa sociedade, como de um modo geral por todo esse mundo fora, há umas classes de pessoas que se julgam (ou alguém as julga) acima da lei.
Seja lá o que for, não acredito que qualquer médico português se recuse – nem de resto poderia fazê-lo à face do direito substantivo – a cumprir a lei do país resguardando-se naquilo que consta no seu Código de Ética.
Em matéria de aborto a lei já prevê o estatuto de objecção de consciência, e, perdoem-me os génios que “mandam” neste país, é isto que se impõe observar, ou seja, a lei, e nada mais.
Que diferença faz existir no Código de Ética de uma Ordem Profissional um princípio que, por força da ocasionalidade de uma alteração das leis em vigor no país, se tornou um bocado obsoleto?
A ética que aqui tem de vigorar é a ética pessoal do médico e não a que está escrita no Código da sua Ordem.
Curioso seria também tentar obrigar as Ordens Religiosas a mudarem os seus princípios (não são mais do que isso) só porque as leis do país mudaram.
Não vou sequer discutir se a Ordem dos Médicos fez bem ou mal em não acatar a “aparente ordem” de alterar o seu Código de Ética nesta matéria.
O que me interessa, como cidadão, é que todos, médicos incluídos, cumpram as leis em vigor no país.
O resto são fait-divers à míngua de melhor assunto.
No entanto esta terra está cheia de génios e pretensos moralistas de pacotilha.
Curiosamente muitos deles capazes de mudarem de campo político como quem muda de camisa.
Mas, pelo visto, são mestres em ética.
Portugal tem, felizmente, homens e mulheres de classe indiscutível, de uma inigualável nobreza de carácter, gente que ao longo dos tempos foi fazendo crescer este país, seja pelo conhecimento intelectual, pela pose de rigor nas suas vidas, pelo exemplo de credibilidade indestrutível.
Mas tem também, infelizmente, alguns pretensos “craneos” que chegaram a um pedestal só possível em nome de uma insanável fragilidade humana, individual e colectiva.
Volto a dizer que não acredito, e isto para retomar o tema, que qualquer médico se recuse a cumprir a lei por causa de um código de ética.
Já por outro lado acho possível, julgo até insanavelmente obrigatório (de outra forma a própria natureza das coisas estaria virada ao contrário) que pessoas como o professor Vital Moreira venham debitar “sentenças” como esta:
Só me apetece fazer um comentário:
-Zita Seabra não diria certamente melhor.
Já não me atrevo a adivinhar se Jerónimo de Sousa não seria capaz de superar com elevação tão profundo acervo.
Nada melhor que reproduzir alguns comentários de internautas espanhóis, reagindo a uma entrevista que Durão Barroso deu há dias à TSF e Diário de Notícias.
Nessa entrevista o Presidente da Comissão Europeia disse que a célebre Cimeira dos Açores, era ele ainda Primeiro Ministro, em que se decidiu a guerra do Iraque, foi feita apenas porque teve de ceder a um pedido dos seus aliados e amigos, sobretudo Espanha, na pessoa do então primeiro ministro espanhol José Maria Aznar.
Ora bem…
As reacções são do tipo (o desabafo é meu):
-eles gostam muito de nós.
Vejamos:
“O Sr. Barroso é mandatário de um país subdesenvolvido, e ele próprio é uma correspondência individual desse subdesenvolvimento”
“O facto de ter sido anfitrião da Cimeira dos Açores elevou o seu ‘cachet’, compensando a sua deficitária preparação política”
“Durão Barroso é um pobre que deve o seu cargo à foto dos Açores”
“Agora, quatro anos depois da Cimeira, vem dizer que foi obrigado, com mentiras, a convocar o encontro com Bush, Blair e Aznar. Como um mal-agradecido, morde as mãos a quem lhe dá de comer”
À margem destas reacções online, o jornal espanhol El País diz que:
“Hoje, Durão alega que recebeu informações sobre o Iraque que não correspondiam à verdade, mas em 2003 era contundente ao defender a guerra”
Caramba…
Façam lá o TGV a ver se calam estes incompreendidos.
Além disso são inocentes, coitadinhos.
A guerra do Iraque…eles alguma vez quiseram tal coisa?
Ou será que a visita de Chavez a Portugal veio na pior altura para eles?
Pois é…
O problema é que Padeiras de Aljubarrota e Nunos Álvares Pereiras, já não há.
Agora temos a energia, o gás natural, os impérios dos seguros e da banca, e coisas semelhantes.
Subdesenvolvidos são eles, num sítio que eu não digo.
Pois cá voltamos nós a falar da famosa ave que pode obstar à construção do famoso aeroporto em Alcochete.
Já se sabia que os maçaricos são normalmente um estorvo.
Há situações em que mais vale não ter maçaricos.
Mas quanto a aves…
Já não bastavam os taralhões.
Quem diria que um maçarico era capaz de dar um jeitaço a um qualquer governo?
Maçarico de Bico Direito?
Ah, valente.
Peço desculpa…
Não há maçaricos de bico torto?
AH…AH…AH…
O TRIPÉ: A SAGA DOS KALIANOS; KORLEONE, O PIRATA, A CONTINUIDADE.
No Diário de Notícias, há alguns dias, uma pequena notícia:
“A "febre" dos centros comerciais veio para ficar.
Se todos os projectos que deram entrada nas direcções regionais de Economia forem licenciados, Portugal terá, até 2010, mais de 90 novos shoppings. O número, surpreendente, não deverá ser alcançado, já que são esperados alguns chumbos, mas o ritmo de crescimento em 2008 é já significativo. No próximo ano, serão inaugurados 14 centros comerciais. Este ano, já abriram
Será preciso dizer algo mais?
Às vezes não é preciso procurar muito para perceber o que é importante, nem ler grandes tratados de psicologia para entender a vida e o ser humano.
Muitas vezes o óbvio é o melhor caminho para a consagração da plenitude do homem.
Há poucos dias o pintor Manuel Amado deu uma entrevista ao jornal Público.
Por entre as explicações de um determinado percurso e mudança de estilo, a sua inserção ou recusa de escolas instaladas, surgiu uma simples pergunta.
É essa pergunta e um extracto da resposta que aqui se reproduzem.
E nem será preciso fazer mais comentários.
Quantas vezes as coisas óbvias, por serem naturais, falam por si mesmas…
“Tem alguma música de que goste muito?
Tenho. Normalmente trabalho sempre a ouvir música. Clássica e também música que se diga ligeira. Mas, o que gosto é da música dos meus tempos. As pessoas normalmente pertencem ao tempo em que eram novos. Gosto da música anos 50, 60,
Pois, afinal, o problema do Taralhão, ou do Taralhoco, ou do Tralhão, ou do Tralhoco, ou da Tralha, ou de qualquer outra bicharada flutuante do mesmo género e qualidade, parece que está, apenas e tão só, relacionado com uma simples inflamação.
Exactamente…
Parece que o taralhão tem o bico inflamado.
Terá sido por causa disso que o dito bicho resolveu fazer migrações estratégicas, normalmente com duração mensal.
E terá sido também por causa disso que o dito bicho se converteu à religião na clandestinidade, preferencialmente por interposto bico, mas tendo como condição ser uma religião influente, e manter-se a par de todas as grandes decisões religioso-biqueiras.
Não restam grandes dúvidas…
Parece estar encontrado o sucessor da saga dos kalianos no mundo das fábulas…
Daqui a algum tempo dar-se-à a conhecer “o bico do taralhão”.
Ou será do taralhoco?
Do tralhão?
Do tralhoco?
Da tralha?
Bem…seja lá de quem for, é indiscutivelmente…O BICO.
Nem de propósito
Lê-se nos dicionários:
Tralhão:
aumentativo de tralha
s. m.,
taralhão (pássaro).
loc. adv.,
meter-se a : ser metediço.
Tralha:
Em linguagem popular: lixo.
Ora, vem isto mesmo a propósito do que ainda ontem aqui dissemos sobre o caso do político britânico, e do que hoje vem em
CONCRETO E IMAGINÁRIO; a Velha e Grande Aliança
Começam os sinais que se temiam de politização de um caso aparentemente apenas de carácter policial.
Um político inglês, Piers Merchant, assessor de um deputado europeu britânico, disse “só” isto:
“O sistema judicial português é corrupto;
Portugal não tem uma verdadeira tradição de direitos civis, liberdades e democracia».
Perante isto adivinhemos:
Portugal vai diplomáticamente acicatar-se sem ferir consciências, e no fim pairará a opinião do político britânico.
Vejamos:
As grandes alianças são boas se fizerem a vontade aos grandes.
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