Pedro Adão e Silva no "Expresso":
Os sinais já por aí andam há muito.
Dos jornais, sobre António José Seguro:
"O possível candidato à sucessão de José Sócrates considera “inaceitável” que os sacrifícios não estejam a ser pedidos a todos, especialmente àqueles que mais têm".
António está seguro?
Pelo mundo obscuro da nossa política continuam a surgir as “letradas opiniões” de quem se sente bem no sistema e julga ter o dom de mandar nas opiniões alheias. Uma dessas pessoas é o Professor Marcelo Rebelo de Sousa. Independentemente de se reconhecer mérito e saber a alguém, nada nos obriga a concordar pura e simplesmente com as opiniões que esse alguém defende. Relativamente ao seu espaço semanal na TVI vários jornais reproduziram parte das ideias que defendeu quanto ao voto do PSD no Orçamento de Estado para 2011.
“Marcelo Rebelo de Sousa voltou este Domingo a insistir, na TVI, que Pedro Passos Coelho “só tem uma solução” relativamente ao Orçamento do Estado – a abstenção. Para o ex-líder do PSD, “chumbar o Orçamento é péssimo para o país” e “é contribuir para o colapso financeiro”.
O voto contra o Orçamento do Estado, que é defendido pela maioria da direcção, é, segundo Marcelo, “um erro para o PSD”, porque “não há eleições antes de nove meses” e “não é líquido que [Pedro Passos Coelho] saia bem no retrato depois de ter provocado a crise”. O ex-líder afirmou que “tudo o que for dar a entender que tem ziguezagues” sobre o orçamento será prejudicial para a actual direcção. “Se o PSD chumba o orçamento, a notícia passa a ser ‘o PSD é que criou a crise’”
Pergunto eu:
E depois?
Crise vai ter de haver, infelizmente, e todos os actores políticos o sabem. E a ter de haver alguém será responsável por desencadeá-la. O que se passa é que, tal como Pilatos, andam todos a ver se lavam daí as mãos.
O PSD nada ganhará em continuar a mostrar-se como “menino bem comportado” em nome de uma pretensa salvação do País. Até porque, em futuras eleições virão os adversários dizer:”andaram a ameaçar com a crise mas não tiveram coragem de levar até ao fim as suas convicções. Não têm pois coragem política”.
Acresce a isto que, de cedência em cedência, o PSD vai acabar por definhar politicamente, e entregar de bandeja ao PS a continuação no poder.
Face ao actual estado de coisas a crise é inevitável.
E a ter de haver que seja o mais rápido possível.
O PSD sempre se saiu bem nos momentos em que rompeu com o sistema.
Continuar a fingir de “bom menino” não lhe trará qualquer bom resultado.
Não é boxe, mas há certas imagens que as palavras nos dão.
Neste caso carregadas de ironia.
“De um dos lados do ringue temos os sociais-democratas, papões do neoliberalismo; do outro, os socialistas, campeões do esquerdismo, ortodoxos do Estado social".
Talvez só o Zé Zé Camarinha, ou eventualmente Mário Soares, dissessem melhor. No Diário de Notícias consta:
"João Cravinho critica PS por ter entrado “numa deriva à direita” com o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). O ex-ministro das Obras Públicas do governo de António Guterres salienta que até o líder do CDS, Paulo Portas, está a “dar lições de esquerda” ao primeiro-ministro, José Sócrates."
Tem alguma piada.
Mas há um pormenor intrigante:
-Por acaso o PS sabe que "deriva" tem?
Hum.....
Aqui anda coisa.
Para além de que Portas deve estar preocupado com esta de dar lições de esquerda.
Li isto há tempos no semanário "Sol" e fiquei com dúvidas:
"O secretário-geral do PS defendeu hoje que, nas próximas eleições, a questão será entre os socialistas, que querem um Estado social e «confiam nos portugueses», e o PSD, que disse apoiar o Estado mínimo e o negativismo".
Não é ao contrário?
Ou será que fui eu que não entendi?
Carlos Abreu Amorim escreveu há tempos no "Correio da Manhã" o seguinte:
"O maior obstáculo para o PSD vencer as eleições reside no casamento da lógica centralista com a tentativa interna de asfixiar quem não gosta de estar sempre a abanar a cabecita a dizer que sim".
Apetece-me comentar, perguntando:
-Então...e no PS?
Alegre não conta para isto, claro.
Ou não contava...até há pouco tempo.
Obstáculos?
Ver-se-à!
(Paulo Portas para José Sócrates, no Parlamento)
"O problema é a sua ignorancia sobre esta matéria"
(Vitor Constancio para Nuno Melo, na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BPN)
Referido no "Diário de Notícias" e pouco mais:
"Três comissões da Assembleia da República deram pareceres opostos sobre uma decisão-quadro apresentada pela Comissão Europeia: em dois casos o texto foi aprovado, no terceiro foi rejeitado. Situação está agora num impasse. Jaime Gama diz que prevalece o relatório dos Assuntos Europeus. Ou seja, o chumbo da iniciativa, o que será uma situação inédita."
Assim sendo, está justificada a importancia das ditas "Comissões".
Não é "nós por cá", é "só cá".
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